20/02/2010

Vanessa's opinion


Desde Outubro de 2008 que tinha uma vontade enorme de rever uma amiga; a Nikola.
Este ano, no mês passado, aconteceu finalmente.
No dia 18 de Janeiro, eu vi-me a mim mesma a abraçar aquela miúda tão querida, outra vez. Revia a ela, mas também o Michal, a Olga e a Katrin.
A casa da Nikola era muito agradável; tinha compartimentos pequenos, para aquecer mais depressa, mas isso apenas dava a sensação de ser mais acolhedora, e eu sentia-me bem lá. Conhecia a família dela, mas nem todos sabiam falar inglês, No entanto, esforçavam-se para comunicar comigo, dava para perceber.
Na escola, especialmente no primeiro dia, toda a gente olhava para nós como se fossemos aliens, e as caras deles eram hilariantes quando nos ouviam falar português. Era muito giro.
Vimos e visitamos montes de monumentos que com a neve ficavam ainda mais bonitos. Acho que nunca tinha visto tanta neve na minha vida como a que lá havia. Era mesmo maravilhoso.
Eu fiz amigos da França, eles eram aquele com quem nós falávamos e convivíamos mais, depois dos polacos. Na realidade foi algo que me surpreendeu. Antes desta viagem, eu não gostava lá muito de francês e evitava bem ir a França e conviver com franceses, mas não sei porquê, e não tenho nada contra eles, aliás a minha melhor amiga é francesa.
A verdade é que eu adorei conhece-los. São pessoal muito porreiro e simpático com quem eu até tentei!, melhorar o meu francês.
Foi tudo um espectáculo, até chegar a quinta-feira, o último dia.
Não quis pensar nisso a semana toda, mas de todas as vezes que olhava para a Nikola e todos os outros, não conseguia evitar pensar que, muito provavelmente, era a última vez que estaria com eles.
De qualquer das maneiras, tinha sempre a garantia que sairia dali com muitas boas memórias.
A festa de despedida foi brutal! Só me consegui concentrar em me divertir com toda a gente e dançar, dançar e dançar!
Mas a parte das despedidas tinha mesmo de chegar, e pela segunda vez na minha vida, abracei a minha Nikola enquanto ela estava chorar. Foi a pior parte, sem dúvida. E eu não queria ir embora tão depressa.
Mas pior ainda, foi despedir-me dos franceses, no aeroporto. Acho que foi a gota de água, e comecei a chorar, outra vez. Mas depois ainda me ri, de lágrimas nos olhos, da situação.
Acho que as lágrimas eram inevitáveis – nós divertimo-nos tanto! – mas aquilo que quero guardar comigo, são as memórias dos sorrisos; ah, sem dúvida, é o que quero guardar comigo.
« C’est terrible, mon ami, c’est la vie! »
PS: A Vanessa está a usar uma T-shirt preta.

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